A Revolução do Proletário Que Faz a Diferença
Você ousaria perder os seus melhores funcionários para garantir que você tem os seus piores sob os seus olhos?
Esta é a revolução silenciosa que média gestão, os profissionais de alguns ramos e os profissionais que realmente fazem diferença estão “impondo” às empresas.
Home Office como Cárcere
Com a Pandemia, o Home Office deixou de ser uma opção, uma bondade concedido pelas empresas. Na verdade, para mim, por muito tempo o Home Office era na verdade uma forma de cárcere ainda mais pesado que o escritório: “você vai trabalhar de home office amanhã para focar, não falar com ninguém e conseguir fazer o que precisa ser feito em um único dia”.
Apesar deste sentimento de cárcere, eventualmente se tornou algo bom, pois as pessoas que tinham a confiança da liderança e do time passaram a propor: “amanhã vou fazer Home Office para trabalhar melhor”. Isso trazia alguma vantagem na qualidade de vida.
Ou seja, os bons funcionários podiam tomar banho de sol. Apenas as vezes, se fosse sempre, pegava mal para líder e funcionário…
A chacoalhada no tabuleiro
Bom, com a Pandemia veio o imperativo: “as empresas que não tem o trabalho presencial como imprescindível e não são atividades essenciais tem migrar para o trabalho remoto”.
A ilusão dos líderes e empresas controladoras, era de que isso seria temporário, alguns dias, talvez algumas semanas… Como a gente sabe hoje, foram meses, que se tornaram mais do que 1 ano! Talvez virem 2 anos completos ou mais…
Neste período, muitas pessoas foram demitidas, infelizmente… Ao mesmo tempo, aquelas que faziam a diferença ou que tinham competências mais necessárias para o mercado de trabalho atual (como por exemplo Marketing Digital e TI) foram mantidas, aliás, foram mais procuradas do que nunca.
Para uma parte da população, a gestão média de liderança técnica, os profissionais altamente especializados de escritório e profissionais de TI, formou-se uma combinação única:
- Qualidade de vida de trabalhar de casa
- Possibilidade escolher o empregador
- Salários mais altos
- E mais de 1 ano em ano em casa, ou seja, muito tempo para pensar sobre o que realmente importava VIVENCIANDO o que realmente importava
E agora José? O que acontece quando você dá tempo e poder para quem tem condições de tomar boas decisões?
Eu já sabia, mas nada como a confirmação…
Como tudo isso junto, podemos dizer:
O jogo virou!
As empresas estão no lado mais fraco em boa parte das suas negociações com os profissionais, possivelmente nas mais importantes delas, que são os líderes técnicos, pensadores, inovadores e os camisas 10 dos times.
De repente, mesmo sabendo que “após a pandemia” o seu contrato “obrigaria” a voltar para o escritório pelo menos alguns dias por semana, eu percebi que dezenas dos profissionais já haviam se mudando para o interior, ou até mesmo para o exterior: “Eu quero, eu posso, eu vou e depois vejo o que acontece”.
Sem revelar empresa ou equipe, sei de lugares que se quiser voltar ao escritório, mesmo que seja um dia por semana, vai precisar trocar 30 ou 40% do seus profissionais. Eles simplesmente se mudaram e não vão voltar!
Detalhe, são possivelmente aqueles 30 ou 40% que estão 100% confiantes de que não ficarão desempregados mais do que alguns meses. São os que fazem a diferença.
A Pandemia uma hora vai acabar, e aí?
Algumas empresas, através de uma alta gestão corajosa, já decidiram: nós confiamos nos funcionários, especialmente aqueles mais especializados para trabalhar do lugar que eles quiserem. Por um acaso, se quiserem ir ao escritório, temos algumas cadeiras e salas para recebê-los.
Outras empresas, vão perder os anéis e alguns dedos tomando a decisão de fazer cenários meio-a-meio HO e escritório, que ajudam os profissionais, mas de fato não dão a chance do profissional planejar a vida do jeito que quiserem.
Outras empresas, vão querer entregar só a ponta das unhas, dar um dia de Home Office ou algo tipo. Vão segurar alguns apaixonados, mas a maioria dos bons profissionais vão enxergar a luz cedo ou tarde ao mapear o mercado, conversar com amigos, ver notícias e pesquisas como a da Robert Half.
Basta 1 dia no escritório na semana para ceifar 95% da liberdade do profissional escolher onde morar, onde por seu filho para estudar, precisar manter o carro etc. Basta talvez 1 dia no mês…
E aí, quem é você nesse novo tabuleiro? Para você, o jogo virou ou ainda está com medo? Reflita e aja.
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